NOSSA LUTA, NOSSA VITÓRIA

NOSSA LUTA, NOSSA VITÓRIA

NOSSA LUTA, NOSSA VITÓRIA

A luta organizada do Sinpro-DF impediu um ataque brutal à aposentadoria da categoria magistério e dos(as) servidores(as) públicos(as). Mobilizados, conseguimos que fossem retirados os “jabutis” colocados na PEC 66/2023

Por Sinpro-DF e CNTE-CUT

A mobilização incisiva dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais, organizada pelo Sinpro-DF em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e várias outras entidades sindicais foi crucial para a nossa vitória. Após Ato Público no Anexo II da Câmara dos Deputados no dia24 de outubro, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal a retirada dos “jabutis” que atacavam a aposentadoria dos(as) servidores(as).

A retirada desses dois artigos foi comunicada à diretoria do Sinpro-DF pelo relator do texto, deputado Darci de Matos (PSD/SC), no dia 29 de outubro. “A categoria do magistério público obteve uma vitória histórica na Comissão de Constituição e Justiça. Nossa mobilização e nossa luta foram fundamentais para que deputados e deputadas federais respeitassem nosso direito à aposentadoria. Os jabutis caíram da PEC 66. A vitória é de todos nós”, declarou a diretora do Sinpro-DF, Márcia Gilda.

Alerta, atenção e mobilização intensa Para evitar a perda de direitos, desde maio de 2024 o Sinpro mobilizou a categoria com uma série de atividades: plenárias regionais nas escolas, conversas com deputados(as) federais, debates e publicação de outdoors e peças publicitárias na TV aberta. Foram quase dois meses de mobilização intensa, em que a categoria atendeu ao chamado e partiu para a pressão em congressistas, com culminância no ato do dia 24 de outubro.

A vitória do dia 29 de outubro na CCJ é mais uma demonstração da necessidade de constante mobilização e alerta da classe trabalhadora, uma vez que “jabutis” como os da PEC 66 têm sempre uma coisa em comum: são propostos por aqueles que têm interesse no Estado mínimo e, consequentemente, estão alinhados com o setor financeiro.

Mobilizados, a categoria e o Sinpro-DF lutaram bravamente, assegurando o direito da categoria se aposentar.
Foto de capa: Leandro Gomes/CUT-DF

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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