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PB: esposa de Efraim Morais posta foto com juíza que decidiu contra Ricardo Coutinho e depois apaga

PB: esposa de Efraim Morais posta foto com juíza que decidiu contra Ricardo Coutinho e depois apaga

PB: esposa de Efraim Morais posta foto com juíza que decidiu contra Ricardo Coutinho e depois apaga

Carol Morais escreveu que a corregedora do TRE-PB, Fátima Bezerra, teria externado preferência por Efraim Morais, que está em segundo nas pesquisas, atrás de Ricardo Coutinho…

Via Brasil247

A esposa do candidato a senador na Paraíba Efraim Morais (União), Carol Morais, pôs em xeque isonomia o Judiciário paraibano ao publicar nas uma foto ao lado da desembargadora Fátima Bezerra, corregedora do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) em plena campanha eleitoral.

Carol Morais postou sábado (17), no Instagram, foto ao lado da desembargadora Fátima Bezerra, que é viúva do ex-senador José , falecido em 2021, e expôs uma possível preferência eleitoral da corregedora eleitoral. “Me recebeu com um abraço e externou o desejo de que o gabinete do seu marido seja ocupado por um homem trabalhador e íntegro como Efraim”, escreveu. Na manhã deste domingo (18), Carol apagou a postagem. 

Leia o post de Carol Morais:

 
post
 
A desembargadora Fátima Bezerra já tomou decisões contra a campanha do ex-governador Ricardo Coutinho, candidato do PT ao Senado na Paraíba. Durante sessão do TRE-PB do último dia 9 de setembro, ela votou contra o registro de candidatura de Coutinho. De acordo com o TRE, o petista está inelegível até 5 de outubro de 2022, e portanto depois da data do primeiro turno das deste ano, marcado para 2 de outubro.

Segundo a última pesquisa Ipec para o Senado na Paraíba, divulgada no dia 29 de agosto, Ricardo Coutinho lidera a preferência do eleitor com 30% de intenções de voto. Efraim Morais aparece em segundo, com 20%. Pollyanna Dutra (PSB) está em terceiro, com 8%; seguida por Bruno Roberto (PL), com 5%; Manoel Messias (PCO) e Sérgio Queiroz (PRTB), com 2%; Alexandre Soares (PSOL) e André Ribeiro (PDT), com 1%.

Já na pesquisa Vox Populi, registrada no TSE e divulgada no dia 9 de setembro, Coutinho lidera com 29% e Efraim tem 19%.

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esposa Efraim Morais Ricardo Coutinho 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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