Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
Poema de despedida (Em memória de Arthur Lula)

POEMA DE DESPEDIDA (EM MEMÓRIA DE ARTHUR LULA)

Poema de despedida (Em memória de Arthur Lula)

“Você pode chorar e se fechar, isolar-se e se queixar
Ou fazer o que ele gostaria: sorrir, abrir os olhos e prosseguir.”

De  Frei Betto para Lula

Você pode derramar lágrimas porque ele se foi
Ou pode se alegrar por ele ter vivido.

Você pode fechar os olhos e desejar que ele volte
Ou abrir os olhos e ver tudo que ele deixou.

Seu coração pode estar vazio porque agora você não pode vê-lo
Ou ficar repleto do que compartilharam.

Você pode voltar as costas ao futuro e viver do passado
Ou ser feliz no futuro por causa do passado.

Você pode se lembrar dele e de que ele se foi
Ou cultivar com carinho a sua memória para que ele permaneça.

Você pode chorar e se fechar, isolar-se e se queixar
Ou fazer o que ele gostaria: sorrir, abrir os olhos e prosseguir.

Fonte: Facebook do Lula

Presidente Lula se emociona ao inaugurar escola com nome do neto Arthur

ee436eee 00e1 4b77 acd7 d6e55a3b87ad
Com capacidade para 1 mil alunos, instituição em Belford Roxo atenderá estudantes até o quinto ano do ensino fundamental. Foto: Ricardo Stuckert

durante inauguração da Municipal Arthur Araújo Lula da , em Belford Roxo (RJ) – Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou, nesta terça-feira, 6 de fevereiro, ao inaugurar a Escola Municipal Arthur Araújo Lula da Silva, em Belford Roxo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A unidade de ensino, que terá capacidade para 1 mil alunos, foi batizada em homenagem ao neto de Lula que morreu em 2019, aos 7 anos.
“É uma creche de primeiro que leva o nome do meu neto. Então, eu, a mãe do Arthur, o pai do Arthur, o tio do Arthur, os amigos do Arthur, agradecemos de coração o coração do Waguinho (prefeito de Belford Roxo) em construir para nós essa creche”, afirmou Lula, que está no Rio de Janeiro para uma série de agendas, como o anúncio de federais nas áreas de e em Belford Roxo.
Lula lembrou que a morte do neto foi um “choque”. “O meu neto, vocês sabem, ele morreu quando eu estava na Polícia Federal, e ele morreu de forma muito rápida. Ele chegou em casa com dor de cabeça, deitou e de manhã, quando foi para o hospital, já morreu. Foi uma coisa impensada, foi um choque muito grande”, disse.
A UNIDADE – A Escola Municipal Arthur Araújo Lula da Silva vai atender estudantes até o quinto ano do ensino fundamental com nove salas climatizadas e telas interativas; laboratório de informática, coordenação, direção e secretaria; refeitório amplo e banheiros; arquivo; cozinha; quadra poliesportiva coberta e rampa de .
A unidade é uma escola padrão que oferece espaços planejados para , vídeo, informática e lazer, com conforto e segurança para alunos e professores.
EDUCAÇÃO E SAÚDE – Também em Belford Roxo, o presidente Lula participou, nesta terça, do evento de anúncio da construção da sede definitiva do campus Belford Roxo do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). O empreendimento terá R$ 15 milhões do Ministério da Educação (MEC). Desde 2016, a unidade funciona em espaço provisório.
Matéria atualizada em 05/07/2024. 

Arthur Lula Ricardo Stuckert
Lula com o neto, Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu aos 7 anos. Foto: Ricardo Stuckert

 

 

 

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA