POR UMA “TRANSIÇÃO JUSTA E POPULAR” PARA A AMAZÔNIA

PT defende transição justa e popular para a Amazônia

PT, em encontro organizado pela Secretaria Nacional de Meio Ambiente do PT realizado em Belém reafirmou o compromisso com uma agenda climática que tenha justiça social, participação popular e respeito aos povos da Amazônia

Por Isabela Conzi/Redação PT
 
COP 30 CUPULA DOS POVOS
Cúpula dos Povos – Reprodução/Internet
Em mais uma etapa de agendas da COP30 em Belém (PA), o Partido dos Trabalhadores (PT) realizou, nesta sexta-feira (14), o encontro “A COP Aqui: Transição Justa e Popular”. O evento fez parte da agenda de atividades do partido na Cúpula e reuniu importantes lideranças nacionais, estaduais e municipais. O objetivo principal foi fortalecer o debate sobre a transição justa, o desenvolvimento sustentável e o protagonismo dos territórios amazônicos.
A atividade, organizada pela Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT (SMAD), em parceria com a SEMAD-PA e o PT Pará, integrou a programação preparatória para a COP30 e reafirmou o compromisso do PT em construir uma agenda climática com justiça social, participação popular e respeito aos povos da Amazônia.
 
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Edinho: “Estamos ao lado de quem vive e defende a floresta todos os dias”

O debate contou com intervenções de Edinho Silva, presidente nacional do PT;  Saulo Dias Kalunga, secretário nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento (SMAD/PT); Nilto Tatto, deputado federal (PT-SP); Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT; Claudinha Lima, integrante da Executiva Nacional do PT; Nilto Tatto, deputado federal (PT-SP); Tainá de Paula, secretária municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro; Bete Wagner, secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT Bahia (SEMAD-BA) e Jairo, secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT/PA.

“O PT está aqui para garantir que esse futuro seja de inclusão, de respeito aos povos da floresta e de responsabilidade com o planeta”, destacou Edinho em suas redes sociais. “Tudo isso com geração e distribuição da riqueza, com muita prosperidade e perspectiva de futuro”.
 

De acordo com o secretário Saulo Kalunga Dias, foram discutidos os desafios para garantir um modelo de desenvolvimento que proteja a floresta, gere trabalho digno e coloque os territórios no centro das decisões climáticas. “As falas reforçaram que não haverá transição justa sem ouvir e incorporar as demandas das populações tradicionais, quilombolas, indígenas, ribeirinhas e urbanas periféricas”, afirma Saulo.
Leia mais – Lula: crise climática repete lógica da exploração econômica no mundo
“As lideranças destacaram a importância de construir, desde já, uma presença forte do PT na COP30 e de consolidar políticas públicas que integrem proteção ambiental, direitos sociais e desenvolvimento regional”, argumenta o titular da SMAD-PT.
Da Redação, com SMAD-PT

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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