POR QUE AS ZEBRAS TÊM LISTRAS?

POR QUE AS ZEBRAS TÊM LISTRAS?

POR QUE AS ZEBRAS TÊM LISTRAS?

Por que as zebras são listradas? As zebras(Equus zebra) são mamíferos da ordem Perissodactyla, aquela cujos animais possuem dedos em número ímpar nas patas.

Por Suzana Camargo/Conexão Planeta

Apesar de serem também membros da família de equídeos, a mesma dos cavalos e burros, as zebras possuem um grande diferencial em relação a eles: elas têm listras.

Os cientistas já sabem, há algum tempo, a razão pela qual elas são listradas. É um mecanismo de defesa contra seus predadores, como os insetos. Por algum motivo, até então desconhecido, sabia-se, por exemplo, que as moscas praticamente não as atacavam.

Pois um estudo realizado em conjunto, pelo pesquisador Tim Caro, do departamento de Biologia da Conservação e Vida Selvagem da Universidade da Califórnia, Davis, na Califórnia, e seu colega Martin How, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, finalmente deu uma resposta para essa dúvida.

Em um experimento, Caro e How compararam o comportamento de moscas perto de cavalos e zebras. A primeira constatação foi a que elas são atraídas por ambos animais, ou seja, foi descartada uma eventual aversão ao cheiro das zebras.

Em um segundo momento, os cientistas colocaram sobre o cavalo uma capa listrada. O que aconteceu em seguida? As moscas deixaram de incomodá-lo.

“Uma vez que as moscas se aproximam das listras, elas tendem a voar ou esbarrar nelas”, explicou o professor da universidade americana. “Isso indica que as listras podem atrapalhar as habilidades desses insetos de ter uma aterrissagem controlada”.

Segundo How, quando chegam mais perto, as faixas pretas e brancas ofuscam ou confundem a visão de baixa resolução das moscas de alguma forma.

Quando o cavalo ganha a capa listrada, as moscas deixam de pousar nele

O estudo, que foi divulgado na publicação Plos One, também observou que zebras e cavalos respondem de maneira muito diferente à presença de moscas.

As primeiras agitam suas caudas quase continuamente durante o dia para mantê-las longe – caso forem particularmente persistentes, as zebras correrão delas.

Já os cavalos param de se alimentar se forem incomodados. Primeiro se contorcem e, ocasionalmente, agitam-se para afastá-las.

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p style=”text-align: justify;”>Fonte: Conexão Planeta

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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