Pretinha: a incrível cadela

Pretinha: a incrível cadela que ‘adotou’ 7 filhotes de gambá

Pretinha: a incrível cadela que ‘adotou’ 7 filhotes de gambá

 Redação Hypeness

Cada dia encontramos mais exemplos de como os sabem mostrar seu independente da espécie a que pertencem. Prova disso é a afeição inigualável dos caninos pelos humanos, mas há muitas outras demonstrações semelhantes na , como a da cadela Pretinha, que adotou filhotes de gambá que ficaram órfãos.

A começou quando um atacou uma gambazinha com seus filhotes, no Rio de Janeiro. Ela e um dos filhotes não resistiram, mais o restante da ninhada teve a de ver suas vidas cruzarem com uma adestradora de cães…

Já dá para imaginar quem acabou ajudando na tarefa de cuidar da ninhada, né? Não, não foi apenas a adestradora Stephanie Maldonado, mas também sua cadela, a Pretinha.

Pretinha: a incrível cadela A ideia inicial era entregar os sete filhotes ao CETA (Centro de Triagem de ), mas o centro não tinha espaço para recolher novos animais. Com isso, Stephanie decidiu se encarregar dos cuidados deles em casa até que pudessem ser soltos na natureza. E a cadela Pretinha se tornou sua maior aliada, ao adotar os bebês e cuidá-los como se fossem seus próprios filhotes.

Em seu Facebook, Stephanie conta que a cadela lambe a ninhada a toda hora e se encarrega de mantê-los aquecidos. Apenas a amamentação é feita de forma artificial, já que Pretinha é castrada e não produz . Mas os laços entre os animais são tão fortes que a cadela até mesmo carrega os filhotes nas suas costas, o que dá para ver em fotos que sãopuro amor.

Fonte: Hypeness

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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