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Quem tem medo do Lobby Mau?

Quem tem medo do Lobby Mau?

Por: TT Catalão

o lobby é legítimo pq todos têm o direito de promover e defender seus interesses… a diferença começa na intensidade da lábia persuasiva d quem tem muito ou nenhum poder econômico… confederações nacionais da indústria e da agricultura, empreiteiros, comerciantes de armas, pecuaristas, seitas religiosas e seus impérios d comunicação, negociantes dos alimentos elegem candidatos, agem sobre eleitos e atacam quem não segue suas cartilhas…

por trás da tal “flexibilização” da fiscalização e tratamento de choque sobre “quem atrapalha o progresso” está o jogo sujo dos q se dizem mãos limpas: quatro projetos que tramitam no Legislativo que tocam nesse tema e os que têm mais chances de serem votados são: o PL 3729, de 2004, na Câmara dos Deputados, e o PLS 168 de 2018, no Senado…

um clone do outro pela radical dispensa de licenciamento para toda e qualquer atividade agrícola, de pecuária extensiva e de silvicultura, assim como para execução de infraestrutura e instalações necessárias ao abastecimento público de água, execução de dragagens e outras atividades destinadas à manutenção de hidrovias e portos. “Facilitam” tb o licenciamento para pesquisa mineral e para obras rodoviárias e ferroviárias (choque direto com o Iphan na e no por agressão a áreas d )

As outras propostas são a PEC 65, de 2012, e o PLS 654, de 2015 (Senado Federal), sem previsão para serem votadas. A 65 prevê q uma obra iniciada, concedida sua licença ambiental, não poderá ser suspensa ou cancelada. A segunda cria a “licença ambiental especial” na qual o Governo determinaria por decreto quais os empreendimentos específicos estariam abrangidos por ela. Sob esse espectro libera geral qdo o Governo achar q tal empreendimento é prioritário, segundo critérios autocráticos do próprio Governo, O famigerado senador Romero Jucá (MDB-RR) é o autor e não é nada erótico em seu enunciado; é pornográfico, mesmo: “O licenciamento ambiental é considerado o vilão do atraso dos que tanto necessita o país…o foco no monitoramento do impacto ambiental dos empreendimentos licenciados, voltando-se a uma gestão pelo resultado, com ganhos para o setor produtivo e para a sociedade”.

Bolsonaro trouxe para sua tropa o fantoche das mineradoras, Leonardo Quintão, deputado federal do MDB-MG como articulador político da Casa Civil junto ao Senado. Ele é o “afrouxardor geral da república” q diminuiu o poder de fiscalização do decreto criador da Agência Nacional de Mineração (ANM).

hj começa a “nova era” no Legislativo, palco de páginas infelizes recentes em nossa (com algumas exceções de honra), armados até os dentes para a defesa das corporações q financiam seus mandatos contra a dos q ainda tentam valer os valores da Vida…

entre os alvos dos q “atrapalham” estão os povos q habitam áreas cobiçadas já reportadas pela Folha d SP e dados do ISA-Instituto Socioambiental e da própria ANM..

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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