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Receitas veganas e vegetarianas para o Ano Novo

6 veganas e vegetarianas para o Natal e Ano Novo

Confira opções saudáveis e sem origem para substituir os pratos tradicionais da ceia

Por  Personare

Os pratos populares da ceia de Natal e Ano Novo costumam ter diversos ingredientes de origem animal, restringindo bastante a opção para os veganos e vegetarianos. Pensando nisso, criamos releituras de receitas típicas de fim de ano. 
Neste cardápio vegano e vegetariano especial para o  Ano Novo, você encontra, aqui, duas deliciosas sugestões:  salpicão vegano e pudim de banana com nozes.
Ceia de Ano novo vegana: é possível, sim, comer bem sem ter carne, peixe, frango ou qualquer outro ingrediente de origem animal

Pudim de banana com nozes

Ingredientes

  • 6 bananas maduras
  • 5 bananas mais verdes
  • 1/2 copo de linhaça dourada
  • ¼ copo de chia em grão
  • ½ copo de nozes
  • ¾ de copo de uvas-passas claras)
  • 1 colher de chá de canela

Modo de fazer

Hidrate a linhaça dourada, as nozes e a chia em água filtrada por 4 a 8 horas. Depois, lave a sementes numa peneira, deixe drenar a água da demolha e reserve. Liquidifique as nozes e os demais ingredientes até obter uma textura homogênea. Leve a massa a um pirex, acrescente a linhaça e a chia hidratadas e mexa com uma colher. Deixe na geladeira por 40 minutos ou até obter textura de pudim.
Dicas
Experimente também colocar na massa, já liquidificada: sementes oleaginosas hidratadas como nozes ou avelãs picadas grosseiramente e/ou chia. Acrescente também variadas frutas secas em pedaços pequenos.

Salpicão vegano com maionese de castanha de caju

INGREDIENTES

  • 3/4 xícara de castanha de caju crua (hidratada de 4 a 6 horas)
  • 1 xícara de água
  •  1 dente de alho amassado
  •  1 e 1/2 limão (suco)
  •  Sal rosa ou marinho a gosto
  •  1/2 repolho roxo fatiado fino
  •  1/2 repolho branco fatiado fino
  • 2 cenouras raladas ou cortadas tipo “macarrão” (você pode usar um mandolin, aparelho que serve para cortar os alimentos em fatias finas)
  • 1/2 brócolis (só os floretes)
  • 2 espigas de milho orgânico cruas (usar as que estão novinhas e branquinhas) ou cozidas
  • 2 colheres de sopa de uvas passas pretas

Modo de fazer

A sugestão é prepara primeiro a maionese, colocando no liquidificador castanhas, água, sal, alho e limão. Bata tudo até ficar com uma textura cremosa. Feito isso, coloque para gelar.
Agora, em um recipiente, coloque o repolho roxo e branco, a cenoura, o brócolis e os milhos com um pouco de sal. Na sequência, leve-os para dar uma leve cozida e depois tempere com a maionese. Misture bem e acrescente a uva passa. Leve para a geladeira e deixe por um até que a pegue sabor.
Fonte: Catraca Livre 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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