Formosa: Sinprefor participa do seminário da CONFETAM – 2017

Nos dias 12,13 e 14 de dezembro os dirigentes do Sinprefor participaram do Seminário da CONFEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL – CONFETAM. O seminário teve como pauta os Impactos e Desafios da Reforma Trabalhista e Negociação Coletiva; Um Novo Modelo de Organização Sindical para enfrentar os Ataques à classe Trabalhadora e a ; e, no dia 14, o Lançamento da Campanha Salarial 2018, marcado para o dia 18 de janeiro, em assembleia com todas as categorias, onde também será construída a pauta local.SINP4

“A participação do Sinprefor neste Seminário foi de grande relevância, pois é importante ouvir e trocar experiências de com outros do país. Diante da conjuntura que o Brasil se encontra, com ataques aos direitos dos trabalhadores, a todo momento, tanto no âmbito federal, estadual e municipal, a união das entidades sindicais junto aos servidores em defesa dos direitos adquiridos é um grande passo para o fortalecimento visando a luta de classe. Vale lembrar que o sindicato é formado por todos nós trabalhadores e trabalhadoras que diuturnamente prestam serviços de qualidade ao nosso município”, disse a presidente Suyenne Borges.

Os dirigentes dos estados presentes – Alagoas, Ceará, Goiás, Espírito Santo, , Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, , Roraima, Rio Grande do Norte e Paraíba – receberam os materiais a serem distribuídos nos municípios e as artes das peças para a inclusão das logomarcas das federações e sindicatos.

“Nós vamos desenvolver a campanha dialogando com a sociedade, com os organizados, movimento de mulheres, da juventude, negros e negras, LGBTs, todos esses segmentos nós vamos trazer para o centro do porque o nosso tema central é juntos e juntas vamos reconstruir o Brasil. Vamos resgatar os direitos que nos foram tirados e vamos impedir que as elites continuem avançando na perspectiva de continuar reduzindo o tamanho do “, afirma a presidente da Confutam/CUT, Vilani Oliveira.

Conheça os 13 eixos da Campanha Salarial 2018 dos Servidores Municipais:

Concurso público e estabilidade do servidor concursado

Direito a livre negociação coletiva no serviço público

Defesa do SUS e do SUAS

SINP3

Financiamento permanente do Fundeb

Justiça fiscal e

Não à reforma da Previdência

Reajuste do piso dos Agentes de e Endemias

Plano de Cargos, Carreira e Remuneração

Educação pública, crítica e libertadora

Reajuste salarial acima da inflação

Revogação da Emenda Constitucional 95 (congelamento dos gastos públicos por 20 anos), das Leis da Terceirização e da Reforma Trabalhista (13.467/17)

Serviço público de qualidade

Contra a retirada de direitos

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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