Travessia
não vi o farol
não vi o porto.
atento à tempestade
tampouco vi o céu.
vivi meu tempo
menos pelejando
com a fúria dos ventos
e sim
em busca do que habita
as profundezas abissais.
mergulhei como quem voa
e ao dobrar o tormentoso cabo
quase quebro a esperança.
foi quando
um velho pirata
– sem dentes
sem perna de pau
sem tesouro
sem nada –
gritou:
– oh!, infeliz:
deixaste tua alma
no alto do ararat!
ri do farol
do porto e do céu
que não vi
que não vi.
ri das tempestades
e dos ventos.
ri de mim mesmo
… e chorei abissais mar&anas.
procurei o velho pirata
que pouco antes
comigo gritara
mas à exemplo
do farol, do porto e do céu
não vi nada. nada!
ao atravessar
a praça da graça
foi que percebi
espelhado numa vitrine:
sem dentes
sem perna de pau
sem tesouro
sem nada
– era eu, o velho pirata.
Fonte: Facebook
menos pelejando
com a fúria dos ventos
e sim
em busca do que habita
as profundezas abissais.
mergulhei como quem voa
e ao dobrar o tormentoso cabo
quase quebro a esperança.
foi quando
um velho pirata
– sem dentes
sem perna de pau
sem tesouro
sem nada –
gritou:
– oh!, infeliz:
deixaste tua alma
no alto do ararat!
ri do farol
do porto e do céu
que não vi
que não vi.
ri das tempestades
e dos ventos.
ri de mim mesmo
… e chorei abissais mar&anas.
procurei o velho pirata
que pouco antes
comigo gritara
mas à exemplo
do farol, do porto e do céu
não vi nada. nada!
ao atravessar
a praça da graça
foi que percebi
espelhado numa vitrine:
sem dentes
sem perna de pau
sem tesouro
sem nada
– era eu, o velho pirata.
Fonte: Facebook