Vacina contra cocaína criada por brasileiros também promete eliminar vício em crack

Vacina contra cocaína criada por brasileiros também promete eliminar vício em crack

Por Patrícia Beloni/vix.com
da UFMG ( Federal de ) desenvolveram vacina contra o vício em cocaína. A droga ainda está na fase de testes em , mas promete acabar com a dependência química do crack também.
Um dos estímulos para a produção da substância é a quantidade de pessoas que consomem cocaína no , principalmente em Belo Horizonte. Estima-se que sejam cerca de mais de 2 milhões de usuários no país (em torno de 1,75% da população adulta), e 29 mil só na capital mineira. Enquanto no , a média é de 0,4% dos adultos (aproximadamente 19 milhões), de acordo com dados do Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Vacina para dependentes químicos

A vacina consiste em uma molécula que estimula a produção de anticorpos contra a cocaína no sistema imunológico. Eles capturam a substância antes de chegar ao cérebro, modificam sua forma e reduzem os efeitos, como a sensação de euforia que vem com a liberação da dopamina, responsável pelo prazer. Sem isso, a vontade de consumir a droga vai diminuindo.
Em um primeiro momento, ela vai ser utilizada na prevenção do abuso de cocaína por e adolescentes e na também contra o crack, explica um dos responsáveis pela pesquisa, o Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da UFMG.
Uma vacina com o mesmo propósito já estava sendo produzida pela Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, nos , desde 1996. Feita com a própria cocaína e outras substâncias, mas diferente da brasileira, ela já está em fase de teste em humanos e não mostrou efeitos colaterais, apesar de ter apresentado uma duração limitada.
Fonte: vix.com

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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