Marcha das margaridas

Vem aí, a Marcha das Margaridas 2019!

Vem aí, a Marcha das Margaridas 2019!

Margaridas na luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, , Igualdade e Livre de Violência

Com o lema “Margaridas na luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência”, acontece nos dias 13 e 14 de agosto de 2019, em Brasília/DF, a maior ação organizada por mulheres do campo, da e das águas da : a Marcha das Margaridas 2019.

A ação estratégica é realizada pela Confederação Nacional dos Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) com o apoio de várias organizações parceiras (veja abaixo as organizações).

Apesar de o Ato Oficial acontecer em agosto, a Marcha das Margaridas é “tecida” ao longo de 4 anos, entre uma edição e outra. Nesse caminhar, as mulheres se reúnem nas suas comunidades rurais para refletir, debater e propor sobre seus desafios e anseios.

Para facilitar esse debate, a CONTAG e as organizações parceiras construíram 6 cadernos de debates trazendo 10 eixos que dialogam com o dia a dia das Margaridas:

Por Democracia com Igualdade e Fortalecimento da Participação das Mulheres;

Pela Autodeterminação dos Povos, com Soberania Alimentar e Energética;

Pela Proteção e da Sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns;

Por Autonomia Econômica, Trabalho e Renda; Por Terra, Água e Agroeocologia;

Por uma Vida Livre de Todas as Formas de Violência, sem Racismo e sem Sexismo;

Pela Autonomia e Liberdade das Mulheres sobre o seu corpo e sua Sexualidade;

Por Saúde Pública e em Defesa do SUS; Por Previdência e Assistência Social Pública, Universal e Solidária;

e por uma Educação não Sexista e Antirracista e pelo Direito à Educação do Campo.

 

A partir desses debates, as Margaridas apresentarão e anunciarão ao Brasil uma Plataforma Política pela qual lutam todos os dias, em defesa dos seus direitos, do meio ambiente, pela construção de uma sociedade livre de violência de gênero e racial, e por um país sem homofobia e sem intolerância religiosa.

“Em agosto, estaremos em Brasília através de uma grande parceria do Sistema CONTAG com várias organizações de mulheres comprometidas com a luta por soberania popular, e em defesa da vida das mulheres. Mesmo diante de um cenário de retrocesso das políticas públicas e de um governo conservador e autoritário que exclui, discrimina e penaliza as mulheres e toda a classe trabalhadora, com ousadia, força e garra realizaremos a Marcha das Margaridas 2019”, ressalta Mazé Morais, secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora Geral da Marcha das Margaridas 2019.

Venha você também! Participe da Marcha das Margaridas 2019!!!

“Convidamos todo o povo brasileiro, toda a classe trabalhadora, todas as mulheres para estarem conosco nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília/DF, participando da Marcha das Margaridas em defesa dos direitos e dos interesses das mulheres do campo, da floresta e das águas. A participação de vocês é fundamental! Vamos lá! #RumoaMarchadasMargaridas2019”, convida o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

Todas(os) são Margaridas! São a luta de Margarida Maria Alves!

Realizada desde o ano 2000, a Marcha recebe o nome da líder sindical e trabalhadora rural Margarida Maria Alves, assassinada no dia 12 de agosto de 1983, em Alagoa Grande/PB, porque lutava pelos direitos de trabalhadores(as) que eram explorados(as) por usineiros e latifundiários da região do Brejo Paraibano.

Conheça as parceiras da Marcha das Margaridas 2019:

Central Única dos Trabalhadores – CUT

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

Confederação de Organizações de Produtores Familiares

Camponeses e do Mercosul Ampliado – Coprofam

Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados e Assalariadas Rurais – CONTAR

União Nacional das Cooperativas da Familiar e Economia Solidária – Unicafes

Marcha Mundial das Mulheres – MMM

Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB

União Brasileira de Mulheres – UBM

Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste – MMTR-NE

Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB

Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS

Movimento Articulado das Mulheres da Amazônia – MAMA

GT Mulheres da Articulação Nacional de

Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiros e Marinhos – Confrem Brasil

Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ

Movimento de Mulheres Camponesas – MMC

Saiba mais sobre a Marcha: http://twixar.me/WYd1

#RumoaMarchadasMargaridas2019

MAIS INFORMAÇÕES

Assessoria de Comunicação da CONTAG/ MARCHA DAS MARGARIDAS

(61) 2102-2288 / 99115-4444

veronica@contag.org.br / www.contag.org.br

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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