Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

Cavernas do Cerrado: espetáculo de cores e formas no subsolo do nordeste goiano

Formadas ao longo de milhões de anos, as grutas do Parque Estadual de Terra Ronca formam um dos maiores complexos espeleológicos do Brasil. Localizado entre os municípios de São Domingos e Guarani de Goiás, o parque fica na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra Geral de Goiás, com extensão de aproximadamente 57 mil hectares.

augusto-1

Berço de nascentes e divisor de águas entre as bacias do rio Tocantins, ao lado dos estados de Goiás e do Tocantins, e do rio São Francisco, do lado da Bahia, a região esconde um espetáculo de cores e formas guardados no escuro subterrâneo do nordeste goiano onde a trilha sonora é regida ora pelo barulho do correr das águas ora pelo silêncio revelador.

augusto-9

O Parque conta com mais de 200 cavernas catalogadas entre elas “11 são molhadas”, ou seja, passa um rio por dentro, segundo informações de um guia local. O Acesso às cavernas são variados onde encontramos desde locais de fácil acesso e travessia como outros de médio, difícil e muito difícil acesso.

augusto-6

Portanto, é recomendado procurar por guias locais que contam com equipamentos específicos e informações preciosas sobre o local além, é claro, dos cuidados necessários para a travessia, exploração e preservação das cavernas.

augusto-10

 

COMO CHEGAR? ROTAS E DISTÂNCIAS

  • Goiânia / Brasília / Terra Ronca – aproximadamente 620 km (8h 51min), via BR 020.
  • Brasília / Terra Ronca – aproximadamente 408 km (5h 59min), via BR 020. (Opção por passar por Posse rumo a Guarani de Goiás) (ver mapa ou link para mapa)
  • Brasília – São Domingos – Terra Ronca – aproximadamente 483 km (6h 37 min), via BR 020.

 

augusto-12

DICAS E SUGESTÕES

Indicamos o uso de tênis, calça e camiseta de manga comprida, de preferência de material que possa molhar. Não se esquecer de levar repelente.

Guia Ramiro – Guia local, com área de camping e dormitórios a poucos metros da Caverna de Terra Ronca
www.facebook.com/ramiroterraronca

Pousada São Matheus www.pousadasaomatheus.com

augusto-8

 

 

ANOTE AÍ: O texto desta matéria é de Augusto Baiocchi. As belas fotos são de Augusto Baiocchi e Flávio Clímaco.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA