Asteroide com aparência de crânio humano se aproxima da Terra

Terráqueos devem recear asteroide que está se aproximando?

Um asteroide, muito parecido com um crânio humano, está se aproximando do nosso . De acordo com o especialista em cosmonáutica, Vitaly Egorov, hoje em dia são capazes de avisar com antecedência sobre aproximações perigosas.

O asteroide 2015 TB145 com aparência macabra se aproximará da no dia 11 de novembro, comunicou Live Science.

O celeste insólito já se aproximou do nosso planeta a 486 mil quilômetros. Astrônomos conseguiram tirar várias fotos onde é possível ver testa, queixo, órbitas e cavidade nasal do “crânio gigante”.

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CC BY 3.0 / J. A. PEÑAS/SINC
Asteroide com aparência macabra está se aproximando da Terra

Pesquisadores não excluem que o asteroide já tenha perdido sua forma de crânio humano. Caso não consiga vê-lo no dia 11 de novembro, espera-se que ele venha a se aproximar da Terra não antes de 2082.Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em cosmonáutica Vitaly Egorov destacou que cientistas são capazes de calcular a trajetória de asteroides com algumas décadas de antecedência antes de se aproximarem da Terra, e a forma incomum ou não do corpo celeste não tem importância.

“Forma de asteroides pode ser arbitrária, assumindo formas de halteres, de pedras preciosas ou batatinha, parecendo-se com um crânio em determinados ângulos. Assim ele pode se parecer com um crânio, mas não vale a pena temê-lo, ainda mais porque ele voará a 38 milhões de quilômetros de distância”, comentou Egorov.

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© REUTERS / R. HURT / CALTECH
Em busca do Planeta X, astrônomos se deparam com um menor nos arredores do Sistema Solar

O especialista em cosmonáutica afirma que o asteroide 2015 TB145 não representa ameaça nenhuma aos terráqueos. Ele é consideravelmente pequeno e, ainda que caia na Terra, a da não chegaria ao fim.”Encontros com asteroides acontecem regularmente. Eles passam voando. Grandes asteroides são vigiados e suas trajetórias podem ser previstas com várias décadas de antecedência. A humanidade consegue saber antecipadamente todas as aproximações perigosas. Caso isso aconteça, então há motivos para se preocupar e para pensar em como resolver o problema. Teremos . Hoje em dia, asteroides não ameaçam a humanidade”, destacou Vitaly Egorov.

ANOTE AÍ

Fonte: Sputnik

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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