Coronavírus: 200 mil vidas perdidas

Coronavírus: 200 mil vidas perdidas

Coronavírus – País já ultrapassou essa marca e o Presidente e Ministro da vêm se movimentando feito lesmas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atacou o presidente da República, Jair Bolsonaro, pela 2ª vez neste sábado (9.jan.2021) por meio de sua conta no  Twitter.

Do Poder 360 
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atacou o presidente da República, Jair Bolsonaro, pela 2ª vez neste sábado (9.jan.2021) por meio de sua conta no  Twitter. Mais cedo, Maia chamou o chefe do Executivo de “covarde“. No fim da tarde, afirmou que o presidente tem culpa pelas causadas pelo Coronavirus.
“Bolsonaro: 200 mil vidas perdidas até agora. Você tem culpa”, escreveu o deputado. Eis a postagem:
Maia 200 mil mortes bolsonaro
O atingiu a marca de 200 mil mortos pelo Coronavirus na 5ª feira (7.jan.2020). Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro minimiza a gravidade do vírus. Chegou a falar em “gripezinha”. Também se colocou contra as medidas de isolamento social, apontadas por especialistas em saúde como a melhor forma de conter o avanço do Coronavirus.
Rodrigo Maia, que teve diversos atritos com o governo federal desde 2019, subiu o tom das críticas ao presidente da República nos últimos dias. Há uma disputa em torno da presidência da Câmara.
A Casa elegerá seu novo chefe no início de fevereiro. Enquanto Maia, em aliança com a cúpula dos partidos de , apoia a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), Jair Bolsonaro se empenha na eleição de Arthur Lira (PP-AL).
O grupo político de Rodrigo Maia trabalha para colar em Lira a pecha de governista e associar o nome do deputado ao do presidente da República. Se conseguir piorar a imagem de ambos, deixa politicamente mais custoso para deputados apoiarem a candidatura de Lira.
A impressão mais comum na Câmara é de que, se a eleição fosse hoje, Lira seria o vencedor. A será no início de fevereiro. Quem ganhar terá mandato de 2 anos à frente dos deputados.
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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