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Começa em Brasília o Encontro e Feira dos Povos do Cerrado

Começa em o Encontro e Feira dos Povos do Cerrado

Começa na manhã desta quarta-feira, 11 de setembro, o IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado reunirá mais de 500 representantes de povos e comunidades tradicionais do Cerrado em Brasília de 11 a 14 de setembro. Objetivo é chamar a atenção para as ameaças enfrentadas pelo Bioma, dar voz e visibilidade para os povos do Cerrado também por meio de apresentações culturais e realização de feira gratuita e aberta ao público com produtos da sociobiodiversidade.

Brasília será palco da nona edição do Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, que será realizado de 11 a 14 de setembro, no Complexo Cultural Funarte. Com o tema: Pelo Cerrado Vivo: diversidades, territórios e democracia, o encontro conta com uma programação voltada principalmente para debater as pautas prioritárias do Bioma e seus povos e ser um espaço dedicado a diversidade de vozes, culturas e modos de de povos, comunidades tradicionais e agricultores e agricultoras familiares que vivem no Bioma. São esperados mais de 500 participantes vindos dos 12 estados onde a savana brasileira está presente – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí.

Dentre os pontos altos do Encontro está a tradicional Corrida de Toras, realizada na Esplanada dos Ministérios em frente ao , seguida da realização do ‘Seminário para Debater a Importância dos Povos e Comunidades para a Conservação do Cerrado’, que será realizado no dia 11 de setembro, Dia Nacional do Cerrado, às 13h30, no Auditório Nereu Ramos, Anexo II, da Câmara dos Deputados, em parceria com a Comissão de Meio Ambiente e Sustentável e Ecocâmara.

Na oportunidade, a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado fará a entrega de uma petição pública com mais de meio milhão de assinaturas para estimular a Câmara dos Deputados a votar pela aprovação da PEC 504/2010, cujo objetivo é transformar o Cerrado e a Caatinga em Patrimônio Nacional, visando a diminuição do e a preservação dos povos e modos de vida dos Biomas.

A abertura oficial do evento será realizada às 18h, também no dia 11 de setembro, no Teatro Funarte Plínio Marcos.

Já no dia 12 de setembro, o seminário ‘Cerrado: qual defesa queremos?’, reunirá representantes de povos e comunidades tradicionais, de organizações socioambientais e pesquisadores no Complexo Cultural Funarte. No dia 13 de setembro, a Rede Cerrado, organizadora do Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, fará uma Assembleia Geral.

Durante todos os dias, serão realizadas oficinas temáticas, atrações culturais e feira com diversos produtos do Cerrado, como artesanatos, cosméticos, doces, salgados, bebidas e embutidos e fitoterápicos, todos vindos do Cerrado. As atividades do IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado são gratuitas e abertas ao público.

Chamar a atenção e debater estratégias de conservação do Cerrado a partir dos modos de vida dos povos e comunidades tradicionais é fundamental, uma vez que o Bioma, atualmente, é o mais ameaçado do país. Mais da metade da vegetação original do Cerrado já foi desmatada. Ele, que é o segundo maior Bioma do Brasil, ocupando 24% de todo território nacional, concentra 30% de toda do país e 5% da biodiversidade do . Além disso, é no Cerrado que estão localizadas oito das doze regiões hidrográficas brasileira, abastecendo seis das oito grandes bacias hidrográficas do país. É no Cerrado, por exemplo, onde estão três dos principais aquíferos do Brasil: Bambuí, Urucuia e .

Feira dos Povos do Cerrado

Durante todos os dias do IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, a partir das 17h, diversos empreendimentos comercializarão diferentes produtos da sociobiodiverdade. Comidas, bebidas, embutidos, artesanatos, cosméticos e fitoterápicos estão entre as principais mercadorias. A Feira dos Povos do Cerrado é aberta ao público e a entrada é gratuita.

Atrações culturais

Também como parte da programação do IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado está uma diversa lista de apresentações. Filhas de Oyá, Forro do B, Planeta Oca e Chico Simões estão entre as atrações culturais do evento, além de Tambor de Crioula, das Encantadeiras e Fiandeiras. Os espetáculos ocorreram das 19h às 22h, exceto no dia 14 que a orquestra Brasília Sofro Sinfônica fará uma apresentação das 10h às 12h. Todos os espetáculos são gratuitos e abertos ao público.

Para conferir as programações detalhadas, ter acesso ao press kit com os principais dados do Cerrado e realizar seu credenciamento de imprensa, acesse o link:

https://redecerrado.org.br/encontro-dos-povos-do-cerrado/ix-encontro-e-feira-dos-povos-do-cerrado/

Serviço:

IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado
11 a 14 de setembro de 2019
Completo Cultural Funarte – Brasília (DF)
Eixo Monumental – Setor de Divulgação Cultural, Entre a Torre de TV e o Lt 2 Clube do Choro – Plano Piloto

 

Encontro Cerrado

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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