Desmatamento no cerrado

Desmatamento no Cerrado em tempo real

no Cerrado em tempo real

Ferramenta permite monitorar desmatamento no cerrado em tempo real

Sistema oferece dados capazes de auxiliar criação de que reprimam destruição do bioma
Por Redação
 

 
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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pôs no ar uma ferramenta digital que permite a qualquer pessoa fiscalizar em tempo quase real a devastação do cerrado. Segundo maior bioma do País (24% do território), a savana brasileira já teve 46% da vegetação natural destruída, contra 20% da Amazônia. Para esclarecer os benefícios trazidos pelo dispositivo, o Jornal da USP no Ar conversou com o Ricardo Galvão, do Instituto de Física da USP e diretor do Inpe.
A função do sistema é produzir alertas diários de desmatamento para o Ibama verificar se a derrubada é legal e, se for o caso, processar os infratores. Porém, o especialista explica que o monitoramento dos dois diferem. O INPE realiza um , há mais de 30 anos, de registro histórico do desmatamento da Amazônia; já no caso do cerrado, a visualização se torna mais complicada pela baixa vegetação, considerando como área desmatada quando ela atinge o tamanho de um hectare (10.000 m²).

Desmatamento no cerrado
Foto: Gustavo McNair via Flickr – CC

O professor explica que controlar o desmatamento na Amazônia não é tarefa fácil, pois demanda toda uma logística de transporte, inspeção e sigilo. Os desmatadores, segundo Galvão, devastavam grandes áreas florestais no início, rapidamente detectadas por satélites. Para escaparem do monitoramento, eles começaram a desmatar em forma de “espinha de peixe”, por meio de linhas com bifurcações que dificultavam o controle. Quanto ao cerrado, a atuação é mais prática por conta da ligação entre o desmatamento e a atividade agropecuária.
A partir dos dados coletados, é possível desenvolver estudos e políticas públicas capazes de frear o desmatamento, explica Galvão. Os dados são reconhecidos internacionalmente e estão disponíveis no site Projeto Monitoramento Cerrado, mas não são divulgados a todos imediatamente, apenas ao Ibama, a fim de manter o sigilo quanto às operações e impedir que os infratores mudem de área. O professor ainda ressalta que as ações contra o desmatamento dependem de apoio político, que muitas vezes ficam à mercê da visão do ocupante do cargo e não de um projeto de governo bem estabelecido, que evite a continuidade desse fenômeno.
Fonte: Jornal da USP


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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