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‘Estamos sendo destruídos’: O povo Kayapó pede socorro

‘Estamos sendo destruídos': em carta, indígenas Kayapó pedem socorro

Por Agência Sputnik

A carta de indígenas Kayapó da Aldeia Gorotire, em Cumaru do Norte, no Pará, explicita a preocupação da população indígena local com as na e o avanço de empresas na região

Indígenas Kayapó da Aldeia Gorotire, em Cumaru do Norte, no Pará, pedem socorro através de carta e anunciam medidas judiciais contra mineradora.

Em um documento enviado à Sputnik pelo Instituto Kenourukware Kayapó, uma associação civil indígena, são denunciadas ações ilegais de uma mineradora dentro do Território Indígena Kayapó, no Pará.

“Estamos sendo destruídos, nós, os , primeiros povos do nosso país. Em nome do poder e da ganância, nossas terras estão sendo roubadas, as nossas florestas queimadas, os nossos rios poluídos e as nossas comunidades devastadas. Os nossos parentes isolados, que vivem no coração da floresta, estão sendo atacados e mortos”, diz a carta.

O texto explica que os indígenas Kayapó estão levando adiante uma discussão judicial com o objetivo de “impedir que mais degradação seja imposta” sobre a região.

O documento cita a empresa Mineração Irajá S/A, acusando-a de invadir o Território Indígena Kayapó. Segundo o grupo que assina a carta, a empresa está extraindo minério de dentro do território Kayapó de forma ilegal.

Além disso, os Kayapó citam que as operações da empresa desequilibram a região interferindo na fauna e flora locais, além de atrapalhar a vida dos próprios indígenas.

A medida judicial citada se trata de uma Ação Civil Pública do Instituto Kenourukware Kayapó, proposta no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), através da Subseção Judiciária de Redenção.

Fonte: Brasil 247


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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