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Haddad, ao presidente xauara: “Não brinque com a vida das pessoas!”

Haddad, ao presidente xauara: “Não brinque com a vida das pessoas!”

Não brinque com a vida das pessoas. Qual a orientação do seu “governo” afinal? Por que a demora em tomar decisões e implementá-las? Por que tantos sinais trocados? Você está tonto e não está à altura do cargo. Que lástima!

O twitter indignado de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da do e candidato a presidente da República em 2018, responde à atitude irresponsável do presidente – eleito por conta de uma duvidosa facada e da  recusa a participar dos debates – que passeou por Taguatinga e cumprimentou populares no comércio de Taguatinga, cidade do Distrito Federal.

Enquanto o Ministério da Saúde mantém a recomendação para a propulação ficar em casa, conforme conferência de imprensa da tarde deste sábado, dia 28, o presidente segue incitando a ida às ruas e a volta ao trabalho, enviando, conforme o twitter de Haddad, sinais trocados para a população brasileira. Segundo dados desta tarde de domingo, dia 29, o Brasil já tem 120 mil mortos e mais de 4 mil pessoas infectadas pelo coronavírus.

Também desrespeitando a orientação do Ministério da Saúde, o presidente  segue batendo na tecla de que a medicação cloroquina irá salvar a vida dos contaminados pelo vírus, mesmo com  a comunidade médica insistindo que seu uso não é seguro, que precisa ainda passar por testes., e que seu uso indiscriminado pode gerar efeitos colaterais sérios, além da falta do medicamento nas farmácias para os pacientes de lupus e outras enfermidades imunodepressoras, que dependem dele para o controle de sua saúde.

O presidente BozoNero defende o uso de remédio não prescrito, o isolamento vertical com reclusão apenas para as pessoas idosas e a volta dos pobres ao trabalho, já que os ricos seguirão tentando fazer carreatas de máscara  e de alcool gel. Ou seja, acham que mandando a classe trabalhadora à forca vão salvar suas economias submissas ao capital internacional.

 
Nota da Redação: Xauara, segundo o líder indígena Davi Yanomami, é que tem o pensamento adoecido. Para Davi, o presidente da república é um xauara. 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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