Musse De Maracujá

MUSSE DE MARACUJÁ

Musse De Maracujá

Lúcia Resende

Lúcia Resende nos faz querer experimentar uma de delícia de Musse de Maracujá  e faz a gente se encantar com a beleza de por ela vivida

Era final da década de 1990, eu lecionava portuguesa na Classe Cerâmicas Reunidas Dom Bosco, zona rural do Distrito Federal, já quase na divisa com .

Foi ali, numa sala de quinta série, que um menino chamado Jairo, de quem tenho muita saudade, me ensinou esta receita. Não me lembro mais de que falávamos, mas me lembro bem da pergunta:

– Professora, é o musse ou a musse?

Respondi que a palavra era um substantivo , que vinha do francês “mousse” e que era uma delícia culinária.

– Eu sei fazer uma musse de maracujá muito boa – disse-me.

Confesso que duvidei, mas ele insistiu. Pedi a receita e disse que ia testar, mas que parecia simples demais para dar certo. Pois ele tinha mesmo a receita na ponta da língua e me passou.

Aquilo não me saía da cabeça e, ao chegar em casa, fui direto pra cozinha. Peguei os ingredientes e parti para o teste.

Pois não é que deu certo? Tão certo que repito sempre aqui em casa e sempre me lembrando daquele menino esperto, alegre, metido a cozinheiro! Por onde andará o Jairo, sempre me indago…

Dele não sei faz muito , mas a sua musse de maracujá permanece vivíssima!

Para preparar uma deliciosa musse de maracujá, você precisará dos seguintes ingredientes:

Musse:

  • 1 lata de condensado
  • 1 lata de creme de leite
  • 2 maracujás

Calda:

  • 1 maracujá
  • 4 colheres de açúcar

Passo a Passo:

  1. Preparação da Calda: Comece preparando a calda de maracujá. Para isso, extraia a polpa de 1 maracujá e coloque-a em uma panela pequena. Adicione as 4 colheres de açúcar. Leve a panela ao médio, mexendo ocasionalmente, até que a mistura comece a ferver.

Quando começar a ferver, continue mexendo por mais alguns minutos até que a calda atinja uma consistência mais espessa e translúcida. Isso deve ocorrer em torno de 5 a 7 minutos. Assim que a calda estiver pronta, retire a panela do fogo e deixe a calda esfriar em temperatura ambiente. Essa calda será usada mais tarde para cobrir a musse.

  1. Preparação da Musse: Enquanto a calda esfria, prepare a musse. Pegue os 2 maracujás restantes e corte-os ao meio. Com o auxílio de uma colher, extraia a polpa de cada maracujá e coloque-a em uma peneira fina, posicionada sobre uma tigela. Usando a parte de trás de uma colher, pressione a polpa na peneira para extrair todo o suco, separando-o das . Esse suco concentrado é o que dará à musse o seu sabor característico e intenso de maracujá.
    Em seguida, despeje o suco de maracujá no liquidificador. Adicione a lata de e a lata de creme de leite. Ligue o liquidificador e bata os ingredientes por cerca de 5 minutos. Esse tempo é suficiente para que a mistura atinja a consistência cremosa, semelhante à de uma maionese. É importante bater bem para que todos os ingredientes se misturem de forma homogênea, garantindo uma textura suave e aerada à musse.
  2. Montagem e Resfriamento: Após bater a mistura, despeje-a em uma vasilha ou em taças individuais, de acordo com sua preferência. A musse deve ter uma aparência lisa e cremosa. Em seguida, pegue a calda de maracujá que já deve estar fria e despeje-a delicadamente sobre a musse, espalhando-a de maneira uniforme. A calda não só adiciona um toque visual agradável, como também intensifica o sabor do maracujá.
    Leve a musse à geladeira por pelo menos 2 horas antes de servir. O tempo de resfriamento é crucial para que a musse adquira a consistência ideal, firme e ao mesmo tempo cremosa. Sirva gelada e aproveite essa sobremesa refrescante e saborosa!

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p style=”text-align: justify;”>Lúcia Resende – Professora – @mluciares

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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