O Brasil grita por Fora Bolsonaro

O Brasil grita por Fora Bolsonaro

No dia 7 de setembro, feriado nacional da Independência, brasileiros e brasileiras de todos os cantos do país voltaram às ruas para bradar por e por Fora Bolsonaro.

Por Iêda Leal

Já são quase quatro anos de um governo negacionista no . Neste meio tempo, perdemos muito: mais de meio milhão de vidas, para um vírus que poderia ser mais bem controlado; a continuação da destruição do serviço público; do meio ambiente; a volta da miséria e a tentativa de anulação da nossa democracia tão jovem e tão vulnerável.

Bolsonaro tudo o que faz parte da nossa trajetória, inclusive a representatividade do 7 de setembro no Grito dos Excluídos. Iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Grito dos Excluídos é um evento encampado pelos há 27 anos, que chama a atenção da sociedade para as desigualdades e injustiças sociais que corroem o país.

Mesmo com toda a pressão golpista de Bolsonaro, neste 7 de setembro o Grito dos Excluídos se manteve como expressão de luta da maioria da população brasileira. Houve Grito dos Excluídos em 220 do Brasil.

Sim, o brasileiro rejeita Bolsonaro. do Datafolha no mês de junho mostra que 75% do nosso povo defende a democracia. E mais, todas as pesquisas recentes apontam para uma derrota deste ensandecido nas eleições de 2022.

Queremos e teremos nosso país de volta. Pela democracia, fomos às ruas em meio à turbulência de 2021. Pela democracia, voltaremos às ruas quantas vezes se fizerem necessárias.

Vidas Negras Importam!

Racismo é Crime!

SUS é Vida!

Iêda Leal – Iêda Leal – Tesoureira do SINTEGO / Secretária de Combate ao Racismo da CNTE / Coordenadora Nacional do MNU / Coordenadora do Centro de Referência Negra Lélia Gonzalez / Secretária de Comunicação da -Goiás.

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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