O conceito de Biodiversidade

O Conceito de Biodiversidade

Segundo a Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso dos Estados Unidos da América (OTA- Office of Technology Assessment, a Biodiversidade abrange a variedade e a variabilidade entre os organismos vivos e os complexos ecológicos nos quais eles ocorrem…

Da Revista Nossa Terra  

Diversidade pode ser definida como o número de itens diferentes e sua frequência relativa. Por diversidade biológica, esses itens são organizados em muitos níveis, variando de ecossistemas completos a estruturas químicas que são a base moleculuar da hereditariedade. Assim, o termo engloba diferentes ecossistemas, espécies, genes e sua abundância relativa.

Desta conceituaçaõ, formalizada pela OTA em 1987, é possível depreender que a biodiversidade não é somente o número de espécies, como imagina a maioria das pessoas. É verdade que o número de espécies, em muitos casos, representa uma ideia vaga do que é a biodiversidade; mas, quando se trata deste assunto, devem ser incorporados na análise os fenômenos populacionais e os de comunidade. Tal fato torna a biodiversidade algo tão complexo quanto de difícil entendimento.

De maneira resumida, podemos dizerque a biodiversidade significa a “variedade da vida”. Do ponto de vista socioal e político, o conceito de biodiversidade está relacionado à perda de ambientes naturais e seus componentes, dada a preocupação que permeia diversos segmentos da sociedade e de governos.  É o caso, por exemplo, da preocupação (e da necessidade) em cuidar dos complexos sistemas naturais amazônicos e de sua biodiversidade — que requerem a atenção especial, uma vez que o maior remanescente de floresta tropical chuvosa é a Amazônia.

Fonte: Nossa Terra: uma viagem às origens da vida. Fundação de Cultura Elias Mansur – FEM. Biblioteca da Floresta, 2010. Capa: FM News.

http://xapuri.info/os-guerreiros-do-arco-iris-e-os-office-boys-brasileiros/

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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