O Sítio Arqueológico do Bisnau, localizado na Fazenda Taquari, pouco depois do povoado do Bezerra, no município de Formosa, Goiás, é formado por um espaço natural de 2.600 m2 de petroglifos (gravações em pedras), misteriosas formações geológicas com datação estimada entre 4,5 e 11 mil anos.
O Bisnau, como é conhecido na região, causa fascínio entre estudantes, cientistas e pessoas curiosas sobre o significado das inscrições, cujas interpretações variam desde orientações astronômicas até sinais de possíveis contatos com extraterrestres.
Do ponto de vista geológico, o Sítio Arqueológico do Bisnau são várias figuras em baixo-relevo concentradas em uma única grande pedra. Infelizmente as figuras estão completamente expostas à intempérie e já foram “maculadas” com pessoas passando giz ou pedras coloridas nas reentrâncias. Não há nenhum tipo de vigilância no local. A preservaçaõ fica a cargo da consciência de cada visitante.
Localizado a cerca de 120 km de Brasília – cerca de hora e meia de carro, e 40 km de Formosa, o acesso se dá pela BR-020 até o Bezerra, e de lá por estrada de terra até o Sítio Arqueológico. De Brasília a Formosa, a BR=020 é duplicada.
Perto do Sítio Arqueológico tem a Cachoeira do Bisnau. Para acessá-la, é preciso passar pela caso do Gilberto, dono da fazenda onde fica a cachoeira. A infraestrutura é precária, o acesso se dá por uma caminhada de meio km entre pedras, mas a visão, o conato com a natureza é fenomenal.
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana do mês. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN Linda Serra dos Topázios, do Jaime Sautchuk, em Cristalina, Goiás. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo de informação independente e democrático, mas com lado. Ali mesmo, naquela hora, resolvemos criar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Um trabalho de militância, tipo voluntário, mas de qualidade, profissional.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome, Xapuri, eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás de grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, praticamente em uma noite. Já voltei pra Brasília com uma revista montada e com a missão de dar um jeito de diagramar e imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, no modo grátis. Daqui, rumamos pra Goiânia, pra convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa para o Conselho Editorial. Altair foi o nosso primeiro conselheiro. Até a doença se agravar, Jaime fez questão de explicar o projeto e convidar, ele mesmo, cada pessoa para o Conselho.
O resto é história. Jaime e eu trilhamos juntos uma linda jornada. Depois da Revista Xapuri veio o site, vieram os e-books, a lojinha virtual (pra ajudar a pagar a conta), os podcasts e as lives, que ele amava. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo a matéria.
Na tarde do dia 14 de julho de 2021, aos 67 anos, depois de longa enfermidade, Jaime partiu para o mundo dos encantados. No dia 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com o agravamento da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
É isso. Agora aqui estou eu, com uma turma fantástica, tocando nosso projeto, na fé, mas às vezes falta grana. Você pode me ajudar a manter o projeto assinando nossa revista, que está cada dia mió, como diria o Jaime. Você também pode contribuir conosco comprando um produto em nossa lojinha solidária (lojaxapuri.info) ou fazendo uma doação via pix: contato@xapuri.info. Gratidão!
Zezé Weiss
Editora
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