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O princípio de qualquer guerra

O princípio de qualquer

Por Maria Montessori

As pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra.

Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outro, nesse dia estaremos a educar para a paz.

maria Montessori

Maria Montessori – Pedagoga italiana

Por Dilva Frazão/Ebiografia

Biblioteconomista e professora

Biografia de Maria Montessori

Maria Montessori (1870-1952) foi uma pedagoga, pesquisadora e médica italiana, a criadora do “Método Montessori” um sistema educacional baseado na formação integral do jovem. “Educar para a Vida” foi o seu lema.
Maria Tecla Artemisia Montessori nasceu em Chiaravalle, norte da Itália, no dia 31 de agosto de 1870.  Era filha de Alessandro Montessori, oficial do Ministério das Finanças, e de Renilde Stoppani.

Formação

Desde sua adolescência, Maria mostrou interesse por biologia e decidiu estudar medicina na de , mesmo enfrentando a do pai, que desejava que ela seguisse a carreira de professora.
Na universidade, um dos problemas enfrentados pela aluna era na sessão de dissecação, quando precisava ficar sozinha, pois não podia executá-la junto com os homens.
Formada em 10 de julho de 1896, Maria Montessori se tornou uma das primeiras a concluir medicina em uma universidade na Itália.
Fugindo do preconceito da sociedade da época, de uma exercer a profissão de médica, ingressou como assistente na clínica psiquiátrica da Universidade de Roma.
Dedicou-se ao e à realização de experiências com as crianças portadoras de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. A partir do estudo da obra de Édouard Séguin, médico e educador francês, passou a criar materiais que mais tarde fariam parte de seu método.
Aos 28 anos, defendeu no Congresso Médico Nacional, em Turim, a tese de que a principal causa do atraso no aprendizado de crianças especiais era a ausência de materiais de estímulo para o desenvolvimento adequado. Buscando se especializar, formou-se em Pedagogia e envolveu-se com a Liga para a de Crianças com Retardo, sendo nomeada codiretora de uma especializada.
Maria Montessori resolveu se dedicar integralmente à Educação. Em 1904, passou a lecionar na Escola de Pedagogia da Universidade de Roma, onde ficou até 1908.

Método Montessori

Em 1907, Maria Montessori foi convidada para trabalhar com crianças que não apresentavam nenhuma característica especial e, associada ao governo de Roma, abriu no bairro pobre de San Lorenzo, sua primeira “Casa dei Bambini” (Casa das Crianças), onde aplicou pela primeira vez seu método completo, o “Método Montessori”.
O Método Montessori, descrito primeiramente em “Método da Pedagogia Científica Aplicado à Educação” (1909), conjuga o desenvolvimento biológico e mental da , dando ênfase ao treinamento prévio dos movimentos musculares necessários à realização de tarefas como a escrita.
Seu método, que respeita a individualidade e as necessidades de cada criança, partindo do princípio da liberdade com responsabilidade, compreensão e respeito, revolucionou a forma de educar. O êxito da primeira escola levou à abertura de muitos outros centros que se baseavam no “Método Montessori” para a educação das crianças.
A partir de então, Maria Montessori passou a viajar pelo mundo, ministrando cursos e palestras sobre seu método. Em 1912, Maria Montessori foi para os Estados Unidos, para lecionar em Nova Iorque e em Los Angeles. Em 1916 esteve em Barcelona e em 1920 lecionou em Londres.
Em 1922 foi nomeada Inspetora do governo nas Escolas da Itália. Porém, com a ascensão do regime fascista de Mussolini, várias escolas especializadas no Método Montessori foram fechadas, e em 1934 a educadora decidiu deixar seu país.
Em 1936, trabalhando na Espanha, mais uma vez foi obrigada a fugir, quando explodiu a Guerra Civil Espanhola. Permaneceu na Holanda durante algum tempo, mas em 1939 foi para a Índia onde lecionou durante sete anos.
Em 1946 voltou para seu país e, em 1947, com 76 anos, Maria Montessori falou para a UNESCO sobre “Educação e Paz”.
Em 1949 recebeu a primeira das três indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Com 81 anos participou do 9.º Congresso Montessori Internacional.

Obras

Maria Montessori publicou vários livros em que expôs as bases filosóficas de suas teorias pedagógicas, entre eles, “Educação Para um Novo Mundo” (1946), “Para Educar o Potencial Humano” (1948) e “A Mente Absorvente” (1949) que aborda a educação de crianças de menos de três anos.

Morte

Maria Montessori faleceu na cidade de Noordwijk, na Holanda, no dia 6 de maio de 1952. Seu legado ficou sob a responsabilidade de seu filho Mário Montessori.

Foto de Capa: Guerra de Inverno – Finlândia – 1940. Fonte: Wikipédia.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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