Previc aprova redução do equacionamento na Funcef

PREVIC APROVA REDUÇÃO DO EQUACIONAMENTO NA FUNCEF

Previc aprova redução do equacionamento na Funcef

Agora a medida já pode ser implementada e dar alívio financeiro aos participantes

Por Fenae

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) aprovou, por meio da Portaria número 168 (leia aqui), a redução do equacionamento na Fundação dos Economiários Federais (Funcef). A decisão prevê uma diminuição de 43% nas contribuições extraordinárias, o que reduz o impacto financeiro para os participantes que arcavam com valores elevados em suas contribuições.

A aprovação ocorre após solicitação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar) e a Funcef.

Na última terça-feira (18), imediatamente após aprovação pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), representantes das entidades, incluindo o presidente da Fenae, Sergio Takemoto; o diretor da Anapar, Antonio Bráulio de Carvalho e o diretor de Benefícios da Funcef eleito pelos participantes, Jair Pedro Ferreira, estiveram na Previc para solicitar celeridade na análise da proposta, destacando a necessidade de reduzir o impacto financeiro para os participantes.

Sergio Takemoto ressaltou que a Fenae continuará acompanhando de perto todo o processo de implementação. “Essa redução é muito importante para trazer um alívio aos participantes que estavam sobrecarregados com as contribuições extraordinárias. Nos colocamos à disposição para que a implementação aconteça rapidamente”, enfatizou.

O diretor de Benefícios da Funcef, Jair Pedro Ferreira, afirmou que a fundação está trabalhando para que a medida seja implementada o mais rápido possível. “A Funcef vai atuar de todas as formas para que a implementação ocorra já a partir de março e fará o possível para garantir o máximo de benefício aos participantes”, informou o diretor.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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