Águas do Rio Madeira sobem acima da média

Águas do Rio Madeira sobem acima da média
As águas do Rio Madeira que estão apresentando elevação acima da media em relação aos anos anteriores se aproximam da BR 364, que liga Rondônia ao Estado do Acre, e preocupa autoridades. Segundo informações vindas da região do Abunã e Mutum, o nível do Madeira chegou a 19,90 metros, alertando a população e os condutores de veículos que trafegam pela rodovia.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) no Acre, Thiago Caetano, informou ao ac24horas que fez contato com a superintendência do DNIT em Rondônia que confirmou a elevação das águas do rio Madeira.
“Fizemos contato com Rondônia e eles confirmaram a situação do rio chegando a BR 364. Inclusive o rio apresenta uma elevação de suas águas superior ao mesmo período que aconteceu aquela grande enchente que deixou o Acre isolado. E diante dessa situação o risco é muito grande de uma nova enchente e isolamento do Acre”, destacou.
Thiago também disse que com as intensas chuvas era previsto uma mudança na operação das usinas com abertura de mais comportas para garantir à vazão da água que oriunda das cabeceiras do rio Madeira.
“Fiz questão de entrar em contato com a bancada acreana, por meio do senador Glason Cameli, para intervir junto aos ministérios do , Integração Nacional e principalmente a Agência Nacional de Águas – ANA, para que seja feito uma mudança nas operações das usinas hidrelétrica, e com isso possa regular de imediato esta situação”, explica.

O superintende informa ainda que se não mudar a parte da operação da Usina Hidroelétrica e continuar tendo o nível de chuva nas cabeceiras do rio Madeira, o rio pode transbordar sobre a BR 364, “Por isso tem que ser uma ação rápida, imediata o mais breve possível”, finalizou Thiago.
A direção do DNIT no Acre estará em Rondônia na próxima segunda-feira (15) para tratar da situação de uma possível enchente do rio Madeira, montando um plano de contingenciamento no qual o DNIT no Acre se colocará a disposição.
Rio MadeiraFoto: AC24Horas
RONDÔNIA 
Embora a estação chuvosa tenha iniciado de maneira tímida, com incidência de chuva abaixo da média na região de Porto Velho, o Sistema Integrado de Proteção da (Sipam) chama a atenção para o fato de o inverno amazônico deste ano apresentar anomalias negativas de temperatura, influenciadas pelo fenômeno La Ninã, o que prevê índice de chuvas acima do normal no Estado no primeiro trimestre do ano.
A Defesa Civil de Porto Velho já não descarta a ocorrência de uma nova enchente do rio Madeira, mesmo que em volume menor do que a de 2014, que praticamente isolou, via terrestre, o Acre do restante do .
O volume de chuva que tem caído na Bolívia, no sul do Peru e na bacia do Guaporé nos últimos dias, apesar dessas ocorrências acontecerem longe de Porto Velho, tem influência direta no nível do rio Madeira, que recebe toda essa água quando ela desce.

LEMBRANDO 2014 
No primeiro semestre do ano de 2014, o Acre ficou praticamente isolado do restante do País. Um trecho da BR-364, que é a única ligação entre o Acre e Rondônia, foi interditado por causa da chuva. A água tomou conta de toda a região e a estrada ficou embaixo d’água.
O nível do rio Madeira, que corta os dois Estados, subiu cerca de 18 metros acima do normal. Foi a pior cheia em 100 anos. Naquele ano, empresas de ônibus cancelaram as viagens e afetou o abastecimento de combustível em terras acreanas. Mais de 2.000 famílias ficaram desabrigadas em e Porto Velho.

Wiliandro Derze -AC24Horas (incluindo vídeos)
Jornal A Tribuna de Rondônia – Foto de capa (cheia de 2014) e sobre Rondõnia e sobre “Lembrando 2014.”


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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