Santuário de Elefantes na Chapada dos Guimarães

Santuário de Elefantes na Chapada dos Guimarães

Santuário de Elefantes na Chapada dos Guimarães

A história de décadas de maus-tratos de Maia e Guida, duas elefantas da espécie asiática com idades estimadas de 44 e 42 anos, moradoras do município mineiro de Paraguaçu, terá um desfecho feliz.

Guida e Maia, há seis anos retiradas de um circo na ,  serão as primeiras moradoras do Santuário de Elefantes Brasil,  o primeiro santuário de elefantes da América Latina, localizado na Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros de Cuiabá,  capital do estado de Mato Grosso.

Segundo Junia Machado,  uma das idealizadoras do projeto, o Santuário está sendo instalado em uma fazenda de 1,1 mil hectares,  adquirida e mantida por meio de doações de organizações internacionais.

O Santuário informa que, inicialmente, a estrutura abrigará até seis elefantes, a um custo mensal é estimado em até R$ 20 mil, mas poderá acolher até 50 elefantes,  oriundos de toda a América do Sul.

O formato do Santuário é inspirado em um exemplo criado há 20 anos, no Tennessee,  . O co-fundador do The Elephant Sanctuary of Tennessee, Scott Blais, é também um dos administradores e idealizadores do santuário brasileiro.

O Santuário de Elefantes Brasil é um projeto conduzido pelo Global Sanctuary for Elephants (GSF) e pela Elephant Voices, organizações internacionais dirigidas por especialistas em elefantes.

A RAZÃO PARA FAZER UM SANTUÁRIO DE ELEFANTES NO BRASIL?

“Há 5 mil elefantes vivendo em locais de risco, como zoológicos e circos. Por melhor que seja um zoológico, em geral, ele isola o animal e causa um sofrimento agudo.

Os elefantes são extremamente inteligentes, que vivem em grandes clãs, têm sociedades organizadas. Em alguns deles que encontramos em situações críticas, é possível perceber, a olho nu, o abalo emocional, por meio de movimentos repetitivos da cabeça e do , e comportamento diferente dos elefantes que vivem na natureza.

O santuário é um local criado e estruturado para dar proteção a esses animais que, em uma primeira etapa, terá um centro para cuidados veterinários e piquetes para abrigar os animais separados por espécie (asiáticos e africanos, e por sexo (machos e fêmeas)”, explica Junia Machado.

O Santuário informa que aguarda apenas a liberação do licenciamento ambiental da Secretaria de Estado de de Mato Grosso (Sema) para começar a funcionar.

De acordo com seus organizadores, o projeto já obteve as autorizações e as licenças prévia e de instalação, e nas próximas semanas devem ser liberadas a autorização de uso e manejo e a licença de operação.

Danny Moraes, coordenadora de Fauna da Sema, informa  que haverá controle sanitário na do animal e também na chegada a Mato Grosso. “No Santuário, o elefante passará por uma fase de quarentena, acompanhada por veterinários e especialistas. Ele fica cerca de 40 dias em um piquete individual, se não apresentar nenhum sintoma, vai para um espaço maior”, afirmou.

Moraes informa, ainda, que para a liberação do licenciamento, a Secretaria também avalia aspectos sanitários dos animais, como a possibilidade de transmissão de doença, tanto dos elefantes para os animais nativos, quanto dos nativos para os elefantes.

 

Santuário de Elefantes na Chapada dos Guimarães

COMO SERÃO AS ATIVIDADES DO SANTUÁRIO

De início, o Santuário não será aberto para a visitação pública, mas será mais do que um espaço de reabilitação dos elefantes. Segundo Junia Machado, a instituição terá, futuramente, um centro de visitantes na cidade, com dados sobre aspectos biológicos, físicos e comportamentais dos elefantes.

Além de fornecer informações para pesquisas e estudos, ocorrerão palestras e acesso às imagens das câmeras, que transmitirão ao vivo, das áreas internas do santuário. Essas imagens estarão também disponíveis na internet.

Santuário de Elefantes na Chapada dos Guimarães

Fonte originária desta matéria: Agência Brasil

Obs.: publicado originalmente em 20 de set de 2016


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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