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MARTA SUPLICY COMPÕE CHAPA COM BOULOS EM SÃO PAULO

MARTA SUPLICY COMPÕE CHAPA COM BOULOS EM SÃO PAULO

Marta Suplicy pede demissão e deve compor chapa com Boulos para prefeitura de

O anúncio foi feito após uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio da na segunda-feira (8).

Por Redação/Mídia Ninja

A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, aceitou ser candidata a vice na chapa com Guilherme Boulos para prefeitura de São Paulo. Ela não ocupará mais o cargo de Secretária das Relações Internacionais na gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes. Em uma reunião realizada nesta terça-feira (9), Marta apresentou sua de demissão.

O anúncio foi feito após uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (8). Ricardo Nunes buscará a reeleição e enfrentará Boulos nas de outubro deste ano.

Em sua carta de demissão entregue a Ricardo Nunes, Marta agradeceu à equipe e destacou suas realizações à frente da Secretaria das Relações Internacionais nos últimos 36 meses. Entre os feitos mencionados, ela ressaltou a transformação de São Paulo em um “Farol Antirracista” por meio das “Exposições da ”, além de diversas iniciativas que promoveram a cidade internacionalmente.

Guilherme Boulos, que já havia sido oficializado como candidato pelo PT, recebeu apoio do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que anunciou sua pré-candidatura nesta terça-feira (9). Além do PDT, PT, PC do B, PV e Rede também apoiam a candidatura de Boulos.

Ainda não há confirmação oficial sobre a filiação partidária de Marta Suplicy, que tem até abril para se filiar a algum partido político, conforme a legislação eleitoral.

Fonte: Mídia Ninja. Foto: Ricardo Stuckert.

MARTA SUPLICY COMPÕE CHAPA COM BOULOS EM SÃO PAULO
Foto: Ricardo Stuckert

GUILHERME BOULOS 

  • Nome Civil: GUILHERME CASTRO BOULOS
  • Partido: PSOL – SP
  • |Federação PSOL-REDE
  • E-mail: 
  • Telefone: (61) 3215-5935
  • Endereço: Gabinete 935 – Anexo IV – Câmara dos Deputados
  • Data de Nascimento: 19/06/1982
  • Naturalidade: São Paulo – SP

Boulos camara

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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