De inferno pra inferno a chamada é local

De inferno pra inferno a chamada é local – Um pouco da picardia popular para enfrentar este tão difícil. O causo que se segue, de autoria desconhecida, circula nos grupos de zap. Vale a pena conferir:

Da imaginação criativa do brasileiro 

Morreram num acidente aéreo  Donald Trump, a Rainha Elizabeth e o escroque brasileiro. Os três se encontraram no inferno.

Trump pediu ao diabo para fazer uma ligação para os , queria saber como andavam as coisas depois das trapalhadas que aprontou na saída do poder. O diabo cobrou 3 milhões de dólares para uma ligação de dois minutos. Trump transferiu a grana  e fez a ligação.

Quando a rainha viu o acerto, pediu para ligar também, pra Inglaterra. O diabo passou a conta, em libras esterlinas, no valor equivalente a 10 milhões de dólares. A rainha pagou a conta e falou por cinco minutos.

Obviamente, o escroque brasileiro exigiu sua ligação também. O diabo concordou em deixar ligar no crédito. O cabra abriu a torneira, falou por mais de três horas, chamou ministro, deputado, senador, milícia e os zeros todos.  Ao final, pediu a conta. “1 milhão de dólares”, disse o diabo.

Intrigado, o daqui quis saber porque ligar para o era tão barato, já que para os Estados Unidos e para a Inglaterra os valores tinham sido astronômicos.  O diabo, então, explicou:

“O valor é esse mesmo porque no Brasil:  foi feita a Reforma da Previdência; a aposentadoria dos professores aumentou para 40 anos;  o tempo de aposentadoria para homens e mulheres passou para 40 anos de contribuição;  criou-se a  obrigatoriedade da contribuição com o INSS para a aposentadoria do/a trabalhador/a rural; a violência contra indígenas e quilombolas passou a ser incentivada; o agora queima a , o e o Pantanal; acabou a Ancine e  a Fundação Palmares; liberou geral os agrotóxicos e as armas; o dinheiro da pandemia foi parar nos cofres de um tal Centrão; A promessa era matar uns 20 mil, já passou de 200 mil. O Brasil virou um inferno. E de inferno pra inferno, a ligação é local.”


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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