Homenagem aos mortos por Ustra, o referencial do capitão Xauara

Homenagem aos mortos por Ustra, o referencial do capitão –

Por: Pedro César Batista – 

Em 1o de janeiro de 2019 assumiu a Presidência do alguém que tem como herói o assassino Brilhante Ustra, chefe da famigerada Operação Bandeirantes (OBAN), financiada por empresários paulistas. Lembrarei o nome de 16 (dezesseis) verdadeiros mártires do brasileiro, todos assassinados pelo referencial do capitão B… Não nos esqueceremos jamais do os covardes são capazes:

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01. Virgílio Gomes da – assassinado em 29 de setembro de 1969, dentro das dependências da OBAN, chefiada por Ustra.

02. Roberto Macarini – assassinado em abril de 1970, pela OBAN.

03. Olavo Hansen – assassinado em 13 de maio de 1979, após ser preso pelo DEOPS, em São Paulo.

04. Edson Cabral Sardinha – assassinado em 22 de setembro de 1970, pela OBAN.

05. Eduardo (Bacuri) – assassinado em 27 de outubro de 1970, pelo DEOPS paulista.

06. Joaquim Alendar Seixas – assassinado em 16 de abril de 1971, pela OBAN.

07. Aluísio Palhano – assassinado em 20 de maio de 1971, pela OBAN.

08. Luís Eduardo da Rocha Merlino – assassinado em julho de 1971, pela OBAN.

09. Hiroaki Torigoe – assassinado em 5 de janeiro de 1972, pela OBAN.

10. Helcio Pereira Fortes – assassinado em 27 de janeiro de 1972, pela OBAN.

11. Frederico Eduardo Mayr – assassinado em 25 de fevereiro de 1972,  pela OBAN.

12. Lourival Paulino – assassinado maio de 1972, pelo Exército.

13. Kleber Gomes – assassinado em junho de 1972, por paraquedistas do Rio de Janeiro.

14. José Júlio de Araújo –  assassinado em 18 de agosto de 1972, pela OBAN.

15. Carlos Nicolau Danielle – assassinado em 30 de dezembro de 1972, pela OBAN.

16.  Alexandre Vannuchi Leme – assassinado em 17 de março de 1973, pela OBAN.

O responsável pela Operação Bandeirantes se chama Brilhante Ustra, referencial para o capitão que tomou posse na Presidência do Brasil.Todos os assassinatos se deram após sessões de torturas.

O tempo traz o novo, a esperança, assim foi após a ditadura de 1964. Nunca poderemos deixar de alimentar a disposição para espalhar a indignação e a resistência às injustiças e à opressão.

Não vivemos de , nem de tolerância ou de respeito. Ainda assim, desejo que 2019 seja um ano para fortalecer os laços de companheirismo, solidariedade e . Estaremos juntos, buscando a verdade verdadeira, nas trincheiras da construção da dignidade humana.

Façamos isso, pelo menos em de nossos mártires.

Pedro César Batista – jornalista.


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Leia a Revista Xapuri – Edição Nº 81


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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