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Mãe das Águas Azuis, Odoyá!

Yemanjá, Mãe das Águas Azuis, Odoyá!

Yemanjá, Mãe das Águas Azuis, Odoyá!

Dia 02 de fevereiro é dia de louvar e agradecer a mãe Iemanjá. Dona do mar e de seus segredos. Dandalunda, Odofiaba! Minha mãe, mãe d’agua! das locas e das profundezas do mar.

Por Anandamaya Krishna Ferreira

Mãe das Águas Azuis, Odoyá! Te agradecemos pela vida que preservas no mar.Que suas sereias ajudem a cuidar, no mar, dos que só pensam em lhe desabrigar.

Do teu reino, cuida de nós e algumas noites, cantas na praia e vem nos abençoar.
A senhora, sofreu em terra com seus maridos e, através de um filho de Xangô, se tornou Rio na foz e se dissolveu no mar… assim como no yogue ao meditar, dissolve seu ego e se encontra com o Todo.

Das profundezas com Netuno, cuida de seus filhos e cura nossas emoções.

Te louvo e honro, cuidando para não enviar morte aos seus súditos, às algas que nos abastecem de oxigênio.

Prometo-lhe cantar , seus feitos e sobretudo suas bênçãos, onde eu estiver e com seu amor sabedoria , ensinar que o mar é Vida e viemos de lá e devemos proteger nossa Mãe Água, como a mãe Terra e toda a Obra de Oxalá.

Lembro, em 1998, estava no Espírito Santo, coloquei nas águas uma rosa agradecendo pelo ano. Fiz uma prece, mentalizei Clara Nunes, e seu “Mar Serenou” abri meus olhos com os sons dos irmãos guardiões dos segredos da mãe África- os umbandistas e candomblecistas-exclamando-Bem vinda Mãe, Odoyá.

E olhei pra praia serena, uma onda pequena com uma luz intensa a nos brindar com o sorriso da Mãe Azul.

Grata sou às sereias, grata sou à Mãe do Mar..
Nós te saudamos e lhe pedimos Amor e Prosperidade a todos os seres.

A4FB5E8F8 B2B7 4F24 960F 0A1FD1F7699Cnandamaya Krishna Ferreira é o pseudônimo de Sandra de Souza Ferreira – Ama animais, escolheu ser mãe deles. É Vegana, Vermelha, Corinthiana, Naturopata, Geógrafa. Adora yoga e . Ministrou aulas por mais de 20 anos. Aposentou-se continua viciada em leituras. É  acadêmica Filha da FFLCH-USP e nasceu no ABC paulista. Sandra é toda emoção misturada às análises do mundo! É colaboradora da Alaneg/.

 

 

 

 

 

 

Iemanjá Rainha do Mar

0b1fe0d503e27d2148bc3885e4e88eb6 tbMaria Bethânia

Quanto nome tem a Rainha do Mar?
Quanto nome tem a Rainha do Mar?
Dandalunda, Janaína
Marabô, Princesa de Aiocá
Inaê, Sereia, Mucunã
, Dona Iemanjá
Onde ela vive?
Onde ela mora?
Nas águas
Na loca de pedra
Num palácio encantado
No fundo do mar
O que ela gosta?
O que ela adora?
Perfume
Flor, espelho e pente
Toda de presente
Pra ela se enfeitar
Como se saúda a Rainha do Mar?
Como se saúda a Rainha do Mar?
Alodê, Odofiaba
Minha-mãe, Mãe-d’água
Odoyá!
Alodê, Odofiaba
Minha-mãe, Mãe-d’água
Odoyá!
Qual é seu dia
Nossa Senhora?
É dia dois de fevereiro
Quando na beira da praia
Eu vou me abençoar
O que ela canta?
Por que ela chora?
Só canta cantiga bonita
Chora quando fica aflita
Se você chorar
Quem é que já viu a Rainha do Mar?
Quem é que já viu a Rainha do Mar?
Pescador e marinheiro
Quem escuta a sereia cantar
É com o que é praieiro
Que dona Iemanjá quer se casar

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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