O acerto de contas e a família tradicional brasileira

O acerto de contas e a família tradicional brasileira

Por Dirce Waltrick do Amarante

Tudo começou quando o pastor que batizou o presidente se casou com a tia de sua mãe, que era cunhada do seu pai, casado com sua irmã de sangue do lado materno, com a qual teve uma filha que era prima em primeiro grau do pastor, o qual era pai de sua filha e seu padrinho de casamento. Mas isso não vem ao caso, porque na igreja que frequentavam eram todos irmãos.

Tudo começou quando o pastor que batizou o presidente se casou com a tia de sua mãe, que era cunhada do seu pai, casado com sua irmã de sangue do lado materno, com a qual teve uma filha que era prima em primeiro grau do pastor, o qual era pai de sua filha e seu padrinho de casamento. Mas isso não vem ao caso, porque na igreja que frequentavam eram todos irmãos.

Mas tudo começou mesmo quando o pastor, depois de se casar com a mulher do presidente, foi batizá-lo nas águas do rio Jordão.

E tudo terminou ali mesmo no Jordão, quando o pastor ficou sabendo que a sua atual mulher, ex-mulher do presidente, havia recebido 89 mil reais do Queiroz, que era filho do amigo de seu concunhado, com o qual tinha uma dívida de gratidão.

A viúva voltou a casar com o presidente e com o dinheiro do Queiroz compraram uma franquia de brigadeiros, pois gostavam mesmo era das forças armadas.

*Consteladora familiar.

Fonte: Jornalistas Livres

 

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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