Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
Lula Livre

Gil: Quem defende Lula não está só

Gil: Quem defende Lula não está só

 
Do 247 – O cantor e compositor Gilberto Gil afirma que tem apreço pelo ex- e sente pesar por tudo o que ele está passando. Gil é a favor do direito de Lula ser candidato e diz gostar muito de Fernando Haddad: “gosto muito de Haddad. É um nome interessante. Um homem muito preparado e sensível. Suficientemente jovem e suficientemente maduro ao mesmo tempo para ter uma compreensão do conjunto da brasileira hoje, da inserção do no mundo, da questão da “.
Gil concedeu entrevista à jornalista Fernanda Mena do jornal Folha de S. Paulo e comentou sobre diversos assuntos da brasileira e também sobre seu novo álbum “Ok Ok Ok’.
Sobre o eixo temático de seu novo trabalho, Gil, 76, destaca a situação de desprezo social pela qual passa a sociedade brasileira: “de todas aquelas em que estamos envolvidos nas nossas vidas. Especialmente as que dizem respeito ao conhecimento de todos, ao social, ao nosso país, ao mundo, à sociedade. São as dificuldades pelas quais passamos. Essa queixa permanente da sociedade, mais intensa em alguns lugares, como no Brasil, do que em outros. Essa é a vil situação: é o fato de não podemos viver uma situação celestial. Tem sempre um pouco de inferno e de purgatório na de todos.”
Gil sublinha a situação do país e deixa entender que “Ok Ok Ok” é um de seus trabalhos mais políticos: “é a vil situação. É a dificuldade permanente, e crescente que vivemos. Tudo é exemplo. É como eu digo no final da música: “As palavras dizem sim, os fatos dizem não”. Os fatos estão negando o tempo todo qualquer posicionamento mais permanente, mais fixo, mais nítido que você possa ter em relação a qualquer coisa. Ainda que você se posicione, a realidade está caminhando muito mais rápido do que qualquer posicionamentos. Posicionamentos são paradas. Você para, a realidade atropela, empurra você.”
Sobre Bolsonaro, Gil comenta: “vejo com certo temor. Mas, ao mesmo tempo, tenho 76 anos e já vivi muita coisa. Por exemplo, eu presenciei a ascensão do primeiro grande núcleo do que se chama hoje de extrema direita, com [John] Enoch Powell [1912-1998], na Inglaterra. Depois vieram muitos outros, como Le Pen, na França. Eu fico receoso que esses corações dessas pessoas não compreendam que é preciso ter piedade, perdão, caridade, , que é preciso estarmos juntos e que a vida é para todos, apesar das diferenças entre nós. Que temos de produzir a igualdade na diferença.”
O compositor deixa claro seu respeito por Fernando Haddad, candidato a vice na chapa encabeçada por Lula que pode vir a ser o herdeiro da candidatura, caso o governo e o poder judiciário não respeitem a determinação do Comitê de da ONU: “Gosto muito de Haddad. É um nome interessante. Um homem muito preparado e sensível. Suficientemente jovem e suficientemente maduro ao mesmo tempo para ter uma compreensão do conjunto da sociedade brasileira hoje, da inserção do Brasil no mundo, da questão da economia.”

Fonte: Brasil 247
——————————————————————————————————————————–
Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de comunicação independente, dedicado a garantir um espaço de pra quem não tem  vez nem voz neste nosso injusto mundo de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!

PHOTO 2021 02 03 15 06 15 e1615110745225

Revista Xapuri

Mais do que uma Revista, um espaço de Resistência. Há seis anos, faça chuva ou faça sol, esperneando daqui, esperneando dacolá, todo santo mês nossa   leva informação e esperança para milhares de pessoas no Brasil inteiro. Agora, nesses tempos bicudos de pandemia, precisamos contar com você que nos lê, para seguir imprimindo a Revista Xapuri. VOCÊ PODE NOS AJUDAR COM UMA ASSINATURA? 
ASSINE AQUI
BFD105E7 B725 4DC3 BCAD AE0BDBA42C79 1 201 a

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA