Sari Corte Real está cadastrada no Auxílio Emergencial

Sari Corte Real está cadastrada no Auxílio Emergencial

Sari Gaspar Corte Real, acusada pela de Miguel Santana, de cinco anos, filho de sua empregada, está cadastrada no Caixa Auxílio Emergencial. Primeira-dama da cidade pernambucana de Tamandaré, ela quer receber o auxílio destinado às pessoas que vivem em dificuldade extrema na do coronavírus

 A primeira-dama de Tamandaré-PE, Sari Gaspar Corte Real, acusada pela morte de Miguel Santana, de cinco anos, filho de sua empregada, está cadastrada no Caixa Auxílio Emergencial. De acordo com o cadastro no Dataprev – site para consulta do benefício -, o pedido foi feito no dia 14 de maio e neste momento consta em análise. A morte de Miguel foi na última terça-feira – dia 2 de junho. No entanto, não se pode afirmar que, de fato, a solicitação tenha sido feito pela ex-patroa de Mirtes Renata.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, 10,2 milhões de pessoas estão com pedido em análises. Desse total, 5,2 milhões estão em primeira análise e 5 milhões em segunda ou terceira análise, quando o cadastro foi considerado inconsistente e a Caixa permitiu a contestação da resposta ou a correção de informações. Até o último fim de semana, 59 milhões de benefícios haviam sido liberados e 42,2 milhões negados.

”Sou advogado e estou ajudando pessoas menos favorecidas que tiveram o benefício indevidamente negado e fico muito indignado em saber que tem algumas pessoas tentando tirar proveito da situação. Independentemente se foi ela quem solicitou, alguém vai tirar proveito disso. O auxílio requerido, ainda não foi aprovado, mas só de constar um pedido se revela um absurdo. Se foi mesmo ela, é ainda mais grave. Ela mora num apartamento de mais de R$ 2 milhões (valor de mercado de imóveis naquela área do Recife), pagou uma fiança de R$ 20 mil pra responder em e ainda pode estar tentando roubar dinheiro público do durante essa pandemia?”, questionou um advogado que preferiu não ser identificado.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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