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Enio Verri PT (PR): a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão tem de ser imediata

Enio Verri PT (PR): a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão tem de ser imediata

O líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado O líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Enio Verri (PR), em pronunciamento na sessão em modo remoto, desta terça-feira (23), declarou que discutir alterações no Código de Trânsito não podem ser a prioridade de um País que já contabiliza a triste marca de 1,1 milhão de infectados e mais de 51 mil mortes provocadas pela pandemia do coronavírus, fruto da falta de planejamento e descaso do governo federal. Para superar a crise no País, Enio Verri entende que é necessária a cassação imediata da chapa Bolsonaro-Mourão.(PR), em pronunciamento na sessão em modo remoto, desta terça-feira (23), declarou que discutir alterações no Código de Trânsito não podem ser a prioridade de um País que já contabiliza a triste marca de 1,1 milhão de infectados e mais de 51 mil mortes provocadas pela pandemia do coronavírus, fruto da falta de planejamento e descaso do governo federal. Para superar a crise no País, Enio Verri entende que é necessária a cassação imediata da chapa Bolsonaro-Mourão.

De acordo com o líder, diferente do resto do mundo, o Brasil tem uma crise política que irradia e interfere nas demais. Enio Verri afirmou que Bolsonaro não tem competência para dirigir o País, em tempos de normalidade, quanto mais sob uma grave pandemia. Para o parlamentar, o Brasil não suporta a família Bolsonaro, até 2022, ainda mais com o agravamento da sua crise pessoal, com a prisão do desaparecido Queiroz. “Está provado, agora, com a prisão. Em breve, ele vai delatar. Se ele não fizer, será a sua esposa. Não vai sobrar nada da família Bolsonaro e nem dos parlamentares que estão sendo investigados por pregarem a ruptura democrática e por não respeitarem a Constituição”, observou Enio Verri.

Diante da conjuntura, o líder aponta a única solução para todas as crises, que é o impedimento de Bolsonaro. Porém, não apenas o dele, mas Verri defende a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, com a realização de novas eleições. Ele pediu ao Plenário a apreciação da PEC 37, de autoria dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Henrique Fontana (PT-RS), que determina a realização de novas eleições em caso de morte ou afastamento do presidente da República. “Afinal de contas, essa crise só terá solução com o povo participando, mostrando o que quer e retomando a esperança da população. Só há uma maneira de olharmos o futuro com esperança. Fora, Bolsonaro”, cobrou Enio Verri.

Crises
Segundo o parlamentar, o Brasil tem quatro graves crises a enfrentar, a começar pela sanitária, de proteção social, econômica e política. Enio Verri classifica a sanitária como a prioritária, diante do crescente número de vítimas de uma doença para a qual ainda não há cura. “A ciência indica que o caminho é o isolamento social. Ao mesmo tempo, é necessário que o governo brasileiro dê condições aos estados e municípios para fazerem o enfrentamento, com respiradores, UTIs, EPIs”, argumentou o deputado.
Enio Verri destacou o protagonismo do Congresso Nacional em destinar recursos para o combate à pandemia. Além dos bilhões já autorizados pelo orçamento de guerra, com o qual o governo está autorizado a envidar todos os esforços financeiros para proteger a sociedade, o Congresso Nacional destinou R$ 8,6 bilhões aos estados e municípios de um extinto fundo financeiro. Porém, apesar de a Câmara e o Senado cumprirem o seu papel institucional, não houve respaldo do Executivo. “Bolsonaro vetou a destinação dos recursos, mostrando sua irresponsabilidade com a vida do povo”, criticou Enio Verri.
Auxílio emergencial
O Fundo Monetário Internacional e a Fundação Getúlio Vargas ressaltam a contribuição do auxílio emergencial de renda básica para uma economia estagnada, como a brasileira. De acordo com o parlamentar, não é o momento de se preocupar com déficit fiscal, mas sim com as vidas dos brasileiros. Segundo o deputado, é mentira do governo que ele não tem condições mais de manter o auxílio. “Aliás, eu quero destacar o estudo do FMI e da FGV, que prova ser muito mais barato, no frigir dos ovos, pararmos, garantirmos isolamento social, superarmos a crise e recuperarmos a economia, depois. É melhor do que nesse processo de ida e volta, com as pessoas se contaminando e morrendo”, explicou o líder petista.
Segundo Enio Verri, o parlamento deve se debruçar em questões urgentes, como a manutenção do auxílio emergencial, até dezembro, com a possibilidade de se tornar permanente, e colocar em votação o Novo Fundeb, para garantir o financiamento da educação básica. “É fundamental garantirmos o pagamento até o final do ano, um respeito à vida do povo brasileiro, uma questão de responsabilidade de Bolsonaro com quem o elegeu. Nesse cenário de proteção social, é necessário que votemos também, o mais rápido possível, o Novo Fundeb para garantirmos a continuidade da educação básica e o futuro de nossas crianças”, disse o deputado.
Em relação à crise econômica, Enio Verri se mostrou muito preocupado com o desprezo de Bolsonaro e Paulo Guedes [ministro da Economia] com os trabalhadores e com as empresas. O deputado lembrou que o Congresso Nacional aprovou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), com taxas de juros baixas e oito meses de carência para começar a pagar.
Porém, o prazo de carência foi vetado por Bolsonaro, revelando o que o governo pensa do setor produtivo que gera 72% dos empregos. “Aliás, o que Guedes e Bolsonaro pensam da microempresas, é só lembrar da frase do Guedes, na reunião horrorosa dos ministros, quando ele disse que “investir recursos na micro e pequenas empresa é perder dinheiro. Se você quiser ganhar dinheiro tem de investir nas grandes companhias”, criticou Enio Verri.
Fonte: Blog do Esmael

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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